domingo, 10 de junho de 2012

Rookie Blue 3x03: A Good Shoot



Quando azar é apenas uma questão de tempo.

Com namorada, emprego bacana e amigos, o que mais Dov poderia querer? Um carrão e mais nada, não é mesmo? O que ele não sabia é que sorte de rookie dura pouco e que estaria prestes a levar outro golpe em sua moral, sempre abalada quando começa a ganhar um pouco mais de confiança. Dov é, por assim dizer, o azarão da delegacia. Tudo sempre dá errado com ele e, por isso mesmo, dava para prever que algo aconteceria, transformando-o no foco dessa semana que, mais uma vez, foi muito boa.
Rookie Blue, até agora, apresentou três episódios ótimos de assistir, com histórias envolventes, que começam a mostrar melhor o que se passa com os personagens secundários. Não me levem a mal, porque gosto quando vemos Sam e Andy, mas com tantos policiais na série, é bom variar e ver novos dramas.
Esse arco recente, com Dov e Traci no vortex principal, tem jeito de que será bacana de acompanhar, até porque, especialmente Traci, está num subdesenvolvimento crítico, desde a 1ª temporada.  Finalmente ela vai sair dessa história de mãe policial e vai ter outro objetivo na série. Por esse episódio e pelo preview do próximo fica claro que a entrada dela para a equipe de detetives será cheia de surpresas e dificuldades.
O modo como tudo foi integrado nesse episódio foi a melhor parte. Enquanto as equipes ficavam de olho num jogo de basquete de rua que poderia acabar em briga de gangues, Dov acabou criando uma tênue zona de tensão no bairro, mesmo sem querer. Automaticamente, Traci e Andy começam a busca incessante por uma justificativa para a atitude de Dov durante o tiroteio. Não fosse por elas, ele poderia perder o trabalho de que tanto gosta, num piscar de olhos.
Fica evidente também, que nos Estados Unidos, um policial deve pensar duas vezes antes de atirar. Não sei se o procedimento padrão é mesmo esse (mas deve ser) e levo em conta aí a corrupção do sistema, mas por tudo o que rolou, parece que é melhor ser bandido do que policial. Enquanto o membro da gangue agradecia por sua rápida condicional e tempo bastante encurtado em sua pena, Dov era tratado como criminoso e interrogado como racista.
Lógico que há casos desse tipo, aliás, sabemos bem que violência policial e preconceito são uma realidade e o episódio discute exatamente isso. Naquele bairro e naquela situação, a polícia estava em desvantagem. As pessoas confiam mais nas gangues do que nas autoridades e uso excessivo de força, em muitos casos é um dos motivos desse problema.
Em Rookie Blue ficou até parecendo que seria fácil resolver, com colegas determinadas a provar a inocência de Dov e até uma espécie de cooperação entre polícia e as gangues, mas isso é apenas ficção. Na vida real esse caso teria acabado de forma muito mais cruel e violenta, certamente.
De qualquer forma, o legal foi ver o andamento da investigação e o modo como Traci agiu, seguindo instintos e duvidando até de quando a mandavam duvidar. Jerry é uma pessoa prática e teria abandona tudo muito antes. O conhecimento que Traci tem da personalidade de Dov foi determinante.
No caso das gangues, foi bom ver Frank em ação e Noelle aprendendo que ficar fazendo trabalho burocrático não é uma penalidade, é uma vantagem nesse momento. Bem que semana passada comentei que só faltava essa doida perder o bebê durante o trabalho, por pura teimosia. Parece que estava prevendo que tocariam no assunto.
Agora que mais personagens estão ganhando destaque, espero que Chris também tenha seu momento e que, por favor, expliquem o comportamento bipolar de Gail. Ela tinha conseguido se transformar em algo além de uma chata na temporada passada, mas parece que retrocederam. As caras de “não fui eu quem peidou” que ela faz estão cada dia mais insuportáveis e não entendo como Nick ainda atura esse show de infantilidade.
 P.S* Rookie Blue só retorna em 28 de junho.
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