Pai de todos.
Orphan Black entre em sua reta
final e os episódios estão cada vez mais em clima cômico. Não sei se era esse
exatamente o objetivo da temporada, mas eles conseguiram nos fazer rir
bastante, o que é bom, já que as questões científicas empolgaram bem menos,
assim como a ação, propriamente dita. Claro que ainda falta acontecer muita
coisa antes que possamos dar uma opinião final e dizer se as tramas em
desenvolvimento tem algum valor real.
Há duas semanas sem dar as caras,
o plot com os Prolethians voltou a dominar a cena de forma surpreendente. Mais
por Helena e por sua nova melhor amiga, Gracie, do que por qualquer outra
coisa. Henrik é mostrado comoo verdadeiro líder de uma seita que manipula a
crença das pessoas em seu favor. Dessa vez, no entanto, é hora de uma pequena
vingança de Helena, que adota seu usual “olho por olho, dente por dente”,
quando finalmente entende que a fazenda está reproduzindo mais do que animais.
É uma fazenda de filhos de Helena
com Henrik e todas as mulheres estão carregando um ou mais embriões fecundados.
Qual o objetivo disso? Difícil dizer, já que Henrik está interessado na parte “milagrosa”
da coisa. Se ele estivesse aliado à DYAD diríamos logo que o objetivo é
cultivar crianças para fornecimento de medula óssea, mas não descartemos a
ideia. Tudo pode acontecer.
Confesso que gostei de ver Gracie
se rebelando e Mark percebendo que existem alguns limites, afinal de contas,
mas não canso de pensar que ele estaria de acordo com a inseminação artificial
caso os embriões implantados em Gracie não fossem de seus meio irmãos. CREEPY.
Obviamente não poderia esperar nada menos do que uma reação maravilhosamente
violenta de Helena. Como não admirar o cuidado dela em “fecundar” Henrik com
embriões de vacas e cavalos? Depois um bom incêndio pra fechar com chave de
ouro. Mas agora, imagem: quantos filhos de helena serão gerados? Essa história
tem potencial para ir muito longe.
Fora dali, o destaque é para Alison
e Donnie. Casal maravilhoso, que se uniu no pós-crime e criou muita
cumplicidade (com duplo sentido) no casamento. Enterrar Leekie na garagem.
POXA, QUE IDEIA MAIS BACANA! Mas ali não havia opção e arrisco dizer que foi a
melhor escolha. No momento. Com Vic e Angela na cola eles poderiam ter sido
pegos a essa altura.
Alison é sempre uma personagem
ótima e ela mandou muito bem na excitação por sexo “sujo” em cima do freezer,
mas precisamos elogiar Donnie nesse episódio. Hilário em todos os momentos, ele
conseguiu chegar à altura de Alison e formar uma dupla imbatível. Adorei vê-lo
ameaçando Vic e afirmando que aprendeu com erros do passado (agora só mata com
intenção!) e sendo badass (bunda má) ao intimidar também Angela. Não sei qual é
a dessa personagem até hoje, mas a existência dela valeu pela cena com Donnie
nesse episódio.
As sequências no laboratório
também tiveram humor, com Duncan e Scott, enquanto Cosima apenas aguardava pela
medula de Kira. Aliás, bonitinha Kira doando a salvação para a tia Cosima, mas
Rachel está além dos limites da chatice com a ideia de sequestrar a menina e
fazê-la viver sob os cuidados da DYAD, sendo criada como ela foi. Sim, tem
muito da frustração de Rachel ali, como filha e como alguém que não pode ser
mãe, mas aparece tão “infantil” que não combina com a personagem.
Agora é esperar um episódio final
com tentativa de resgate e quem sabe, com uma aparição interessante de Paul ou
Cal. Não que Donnie e Vic não adicionem sensualidade aos episódios, mas
precisamos de alguma ação e sinto que somente esses dois podem movimentar os
poucos minutos que faltam para encerrar a segunda temporada.