Alguma coisa boa.
Para quem vem de tragédias e
abandonos em série, alguma coisa boa tem que acontecer. É apenas justo, afinal
e é por isso que eu acredito que nós, fãs de Grey’s Anatomy, merecemos um prêmio,
tanto quanto Owen e Callie.
Estamos numa temporada mais
tranquila (até agora). Personagens chegando, novas histórias e vamos
caminhando. Nada de muito bom, nada de muito ruim. Acho que reclamar fica até
feio, mas eu ainda espero mais da série. Sair da média é preciso e possível e
parece que estamos num rumo promissor.
O que o episódio dessa semana fez
foi exatamente o que precisa ser feito. A série vai ter mudanças nas dinâmicas
e isso vai além de Meredith e Alex. Para melhorar, vamos ver relações
duradouras abaladas e até encerradas para sempre. Vai ser bom e mal posso
esperar.
Chega de Callie e Arizona presas
numa babaquice sem fim e nos assuntos mais chatos do mundo. Desde que ficou
perneta, Arizona também virou uma tremenda chatonilda e ela quase conseguiu
arrastar Callie pra o limbo. Mas Callie é legal. Callie é a personagem que não desiste
e que perdoa. Ela é humana. Ri, chora, faz palhaçada, erra, admite, corrige e
continua. Por ela eu torço. Arizona eu quero que seja esquecida num plot inútil
como o que já está rolando. Honestamente? Não poderia me importar menos com o
novo estudo ao lado da nova médica avulsa e mal humorada que deram para a Geena
Davis na série.
Owen, que já esteve nas tramas
mais repetitivas, apesar de tudo, também tem meu apreço. Sempre gostei dele e
acho que a dupla com Callie pode ser extremamente positiva. Por sorte o
choramingo por Cristina foi curto e grosso. Agora ele quer um projeto, algo pra
se ocupar e, de quebra, algo pra ajudar quem precisa. O programa para veteranos
amputados é bacana e, sei lá, desconfio até que pode trazer um romance
inesperado. Owen quer filhos. Callie quer mais filhos. Basta juntar as peças.
Não sei se vai prestar, mas vamos ver na prática, caso essa seja uma previsão
correta.
Outro rompimento que parece
necessário é o de Meredith e Derek. Ele se mostrando tão estúpido e egocêntrico
que chega a ser insuportável. Ela, pela primeira vez, agindo em nome da própria
carreira. E Derek também age feito imbecil com a irmã. Porque ele não pode ser,
sequer, chamado de profissional depois do que fez com aquele paciente. Tudo o
que ele disse foi de dar nojo e uma recuperação de valores se faz necessária.
Já a relação de Meredith e Maggie
deve progredir. A descoberta de que Ellis deixou mais uma surpresinha vai uni-las
e até Richard vai entrar na dança. No próximo episódio, podem apostar, Meredith
será a pessoa a contar para Maggie que Richard é mais uma vítima e aí pronto:
família feliz e que opera feliz.
Sobre Alex e Bailey: ela era a
escolha óbvia e certa, mas ele merece um emprego para chamar de seu. E com as
ações de Cristina, desconfio que Karev não fique de fora do conselho por muito
tempo. Agora, quem realmente precisa de direcionamento são Avery, Kepner,
Wilson e Stephanie. Jogados em diálogos bobos e sem importância alguma na
série, praticamente descartáveis. Sim, uma coisa de cada vez, mas é apenas um
alerta. Em Grey’s Anatomy, se você tem um personagem bobalhão, pode estar na
lista de óbitos futuros “daquela que não deve ser nomeada”.