domingo, 16 de novembro de 2014

Grey's Anatomy 11x07: Can We Start Again, Please?


Desprotegida.

As mudanças fizeram um bem danado a Grey’s Anatomy e a série, mais uma vez, apresenta uma boa semana, com destaque para personagens que estavam na nossa lista de espera por mais destaque e desenvolvimento. 

Depois de Meredith e Maggie, a dupla de irmãos da vez é Derek e Amelia. Muito interessante a retomada de ambos, meio envoltos em depressão, acusações e culpas. Faz tempo que Derek deixou de ser o McDreamy para ser apenas um médico chato do hospital. Egocêntrico, ele foi perdendo nosso apreço e se tornou até dispensável. Culpa dos roteiristas, que achavam que a lenha ali já tinha acabado de queimar, mas agora estamos diante de coisas novas e a recuperação é bem possível.

Derek, afinal, está assumindo que tem problemas e isso é ótimo. Seus traumas de infância e o senso de responsabilidade que ele sente desde o assassinato do pai voltam à tona, mas não apenas isso. Ele se mostra fragilizado e sem rumo profissionalmente e no casamento. Tudo isso aparece com clareza na tentativa de golpe em Amelia. O que Derek faz ao tentar recuperar seu posto antigo não é só um problema de caráter, é uma tentativa de compensar o que sente que está errado. Ele precisa de motivação e desafio e, no momento, não está encontrando.

Amelia, por sua vez, ganha a primeira chance real na série. O drama das drogas e do namorado morto vem para humanizá-la e criar empatia com o público. Estava na hora, já que até aqui a personagem não tinha função alguma e concorria com vantagem ao posto de “próximo defunto”. Com a exposição de algo tão íntimo, ela ganha propósito e nossa simpatia.

Também em fase de recuperação está Arizona. Esse episódio coloca sobre ela uma luz bem positiva e necessária. Não canso de repetir que a separação de Callie foi uma benção e, agora, podemos apreciar os momentos bacanas das duas, sem sentir que estamos presos com elas num relacionamento idiota e sem sentido. Arizona, como médica que corre riscos e salva bebezinhos é muito melhor que a Arizona esposa egoísta. Além disso, o caso da semana em que ela esteve envolvida trás de volta a sensação de que ela é essencial e bacana para a série. Foi bom vê-la tomar decisões difíceis, duvidar, mas agir, apesar dos medos.

Medo, aliás, entrou em pauta também para Kepner e Avery, mas espero não ter que ver outra médica tendo que parir em situações de alto risco. Seria um baita clichê desnecessário, então, é melhor que o casal represente justamente essas dúvidas e questionamentos de pais de primeira viagem. Bailey foi ótima ao nos lembrar de que é sim, terrível, mas pelos motivos certos. A bronca em Wilson foi necessária e nos mostra um lado humano do médico, de certa forma.

O que promete colocá-la em situação bem chata é a patrulha em Karev. Há alguns episódios ela vem mostrando o quanto é avessa às amizades do namorado e o relacionamento deve entrar em colapso. Não que eu ache ruim. Desde Izzie não conseguiram mais trazer alguém que fosse significativa para Karev e mesmo Wilson é bem dispensável.

O clima de recomeço, assim como diz o título do episódio, mexe bastante com o passado da série e traz essas lembranças de quando tudo era novo e fresco. Nunca teremos aquilo novamente, mas Grey’s Anatomy está tentando se reinventar e conseguindo, até agora. A sensação de que as coisas podem melhorar ainda mais é algo para não se perder.

P.S* Saudoso O’Malley.
P.S*Estão todos ligados sexualmente. Bons tempos em que o elevador era o espaço mais movimentado do hospital!

P.S* Aos poucos, Meredith e Maggie vão se acertando. E sem dramalhão!
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário: