domingo, 1 de fevereiro de 2015

Grey's Anatomy 11x09: Where Do We Go From Here?


Alguém que entenda. Alguém que dê suporte.

Grey’s Anatomy retoma sua rotina de episódios e inicia 2015 com bom roteiro e boas atuações. Não chega a ser exatamente uma surpresa, já que a temporada tem se mantido interessante desde que começou, mas é sempre bom repetir os bons feitos da série e perceber que ela sobrevive bem nos primeiros momentos pós Cristina, ao contrário do que muita gente previa.

Com sua melhor amiga fora da história, Meredith é a responsável por esse bom momento da trama e Ellen Pompeo tem feito um bom trabalho de evolução da personagem. Deixamos para trás a Meredith taciturna e confusa, para encontrar uma mulher que sabe o que quer, como mãe, esposa e profissional. Ela tem seus momentos de dúvida como qualquer ser humano, mas está madura para perceber o que é realmente valoroso na vida. Foi isso que esse episódio nos mostrou. Meredith firme e dona de si, capaz de pensar e reajustar os caminhos pelos quais tem que passar, a exemplo de sua relação com Derek.

Há algum tempo, ela teria mandado ele embora, corrido para Cristina e reclamado até nos exaurir. Agora não. Meredith raciocina, entende, concede. Dizem por aí que vivemos tempos em que relacionamentos são descartáveis e nos quais ninguém quer se comprometer com o outro. Meredith provou com atitudes que está tentando fazer diferente, embora ela saiba que esse tempo é importante para o casal e que cada um deles precisa aprender a seguir suas carreiras sem ejetar a vida em família. Um grande desafio que, acredito, veremos em Grey’s Anatomy a partir de agora.

Por incrível que pareça, o drama vivido por Avery e April também está na medida. O modo como o casal enfrenta o fato de que seu primeiro filho não sobreviverá ou terá uma vida dolorosa e difícil é tocante. A reação de April foi emocionante e o desespero dele em querer ajudá-la ainda mais. Não existe jeito fácil de tratar esse assunto e não existe consolo para uma notícia como essa. O que existe é a parceria. Exatamente o que Meredith deseja. Alguém que entenda e dê suporte. Avery faz exatamente isso e April aceita isso quando pode conviver com o fato de que seu menininho não tem chances de uma vida normal.

Deixando as rusgas de casais completamente de lado, o roteiro também aposta na história da Drª Herman para movimentar as coisas. Gosto da visão dela sobre a própria doença e seu destino quase imutável. Ela quer certezas e sua decisão sobre operar o tumor é arriscada, embora racional. Ela sabe que morrer é inevitável, mas ainda pode ter algum tempo para fazer o que julga necessário. Para ela, se a cirurgia der certo, será um bônus, mas ela não quer contar demais com isso, por motivos óbvios.


É preciso dizer que esse episódio teve ainda mais força com o caso da semana e a suspeita de que aquela mãe teria tentado matar os filhos. Uma história difícil de engolir, mesmo na ficção, simplesmente porque mães são sinônimos de proteção, nunca de ameaça. Os irmãos travessos também fizeram a diferença e fiquei impressionada com o molequinho que mostrou olhos marejados após levar aquela baita bronca de Bailey, essa mãezona - como bem aponta Karev – que é mais um exemplo de mulher que, assim como Meredith, procura por suporte para conseguir levar a vida em todas as formas.
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