domingo, 1 de março de 2015

Glee 6x09: Child Star


O primeiro membro do New Directions em idade escolar.

Essa semana vivenciamos um momento histórico para a TV mundial: a chegada de um estudante de verdade a Glee, que sempre teve seu corpo discente formado por adultos na faixa dos 25 aos 30 anos. Mayron, que não podemos esquecer, é sobrinho do superintendente, chega para dar aquele toque de glamour perdido ao New Directions, no melhor estilo “criança viada”, numa clara referência a este tumblr famoso em todo o planeta.

Confesso que fiquei bastante perplexa com a trama do Bar Mitzva e a entrada de Mayron no episódio e na história. Isso não deveria ter acontecido, já que Glee sempre surge com 50 plost avulsos a cada segundo, mas é a pura verdade. Passei um tempo tentando entender, de fato, qual a motivação para essa ideia de roteiro e não cheguei a conclusão alguma, apenas de que, no fim das contas, o saldo foi positivo, já que vimos situações bizarras e engraçadas, com musiquinhas bacanas de brinde e o plus de terem resolvido que os novos alunos precisavam de tempo de tela.

O destaque para Spencer foi mais do que merecido. Com 9 episódios sabíamos duas coisas: ele é gay e ele é bonito. Só. Agora sabemos que ele também é meio agressivo na arte da sedução e que tem um lado romântico escondido. Também descobrimos que ele é um cantor bem mediano, pela performance de Friday I’m in Love. Não sei se a música não era boa para seu tom de voz e estilo, mas fiquei com essa impressão, apesar de achar a canção bem legal para o momento do personagem.

Já Roderick, que detona ao cantar até Atirei o Pau no Gato, protagonizou cenas que me fizeram lembras de épocas tenebrosas em que a avaliação física na escola se confundia com tortura e humilhação. Por mais que Sue seja essa demônia, acho que dessa vez a cena não ficou muito longe da realidade. Pessoalmente, passei por momentos bem parecidos (até demais pro meu gosto) e mais uma vez me vi tentando compreender porque subir numa corda é requisito para alguma coisa. Obviamente, Roderick salvou o dia ao retirar Mayron de sua pequena jaula, mas estou com Kitty nessa: vamos usar uma escada? A verdade é que, na vida real, Roderick teria caído e quebrado o pescoço naquela tenativa infame de mostrar... Bom, de mostrar alguma coisa que não sei o que é exatamente.

Outra coisa assustadora foi a relação dos gêmeos. Irmã maluca e irmão que acha que seduzir se resume a dar piscadelas. Desculpem, não comprei o romance de Mason e Jane nem por um segundo. O casal falha miseravelmente e não vejo como fazê-los funcionar. Não há a menor química entre eles, nem forçando muito. À parte disso, a libertação do rapaz ao ritmo de Queen foi bem interessante, durante a performance de  I Want To Break Free.

Aliás, vale dizer que a festa de Mayron, envolta em todos os absurdos do mundo, teve momentos excelentes. Desde o ensaio de Lose My Breath, até as apresentações de Uptown Funk e Break Free, com Rachel, Sam, Beiste, Will e Sue de dançarinas do Faustão. O reacender da guerra entre Will e Sue marca um momento previsível da série nessa reta final, já que os dois não sabem viver sem brigar.

Para finalizar, Cool Kids mostra que o New Directions caminha corretamente, depois de tantos e tantos problemas. Will resume bem: muitos alunos vão apssar por aqui. Alguns vão sumir e outros vão deixar suas marcas, assim como Rachel fez e continua fazendo. No processo, no entanto, é importante conhecer a todos e deixar que mostrem suas verdadeiras vozes. Algo que, para Rachel fica complicado, já que ela dá poucas chances para alguém que não seja ela mostrar seu talento. Nesse processo, ela também está aprendendo e, em breve, vai ter que escolher entre continuar ensinando o Glee Club ou continuar seu caminho longe dali, aprendendo mais um pouco e ganhando a fama que um talento como o dela merece.

Músicas no episódio:
"Lose My Breath" - Destiny's Child: Myron Muskovitz with female backup dancers
"Friday I'm in Love" - The Cure:                Spencer Porter with New Directions
"I Want to Break Free" – Queen: Mason McCarthy
"Uptown Funk"               - Mark Ronson feat. Bruno Mars: Jane Hayward, Spencer Porter and Roderick with New Directions
"Break Free" - Ariana Grande feat. Zedd: Rachel Berry, Myron Muskovitz, Sheldon Beiste, Will Schuester, Sue Sylvester, Sam Evans and New Directions

"Cool Kids" – Echosmith: New Directions
Comentários
2 Comentários

2 comentários:

João Paulo disse...

Olha vou confessar que não gostei muito do episódio não, mas concordo contigo o plot bizarro divertiu e fez rir bastante. Eu não gostei do mini-Kurt não, por favor né, eu estou achando que todo gay que aparece na série é uma versão do que o Ryan Murphy queria ser só pode. O ponto positivo disto tudo é que ao menos os novatos tiveram o devido destaque e por mais que a história careça de desenvolvimento (o que não vai acontecer, afinal a série tá acabando), ver um pouco do grupo original mais fora da história me agrada bastante. Vou confessar que adorei a performance de Cool Kids, mas achei o som um pouco baixo, não sei se foi impressão minha.




Obs: Não consigo entender como a Sue pode ter tanto destaque, nada contra ela, mas os planos dela estão tão absurdos que fica complicado gostar de alguma coisa.

Kaiodn disse...

Camis... Tudo joia? Não sei se lembra de mim. Uma vez te sugeri assistir Signed Sealed Delivered. Você chegou a ver?